A professora aposentada Regina Pivato Panizzi, de 92 anos e 30 de magistério, conta como os tempos mudaram e como a profissão de lecionar também. Ela relata sua experiência como professora e como amava a profissão, e é fácil perceber o contraste em seu depoimento com o que vemos hoje em dia nesse âmbito.
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Nesta segunda-feira se comemora o Dia do Professor. Prestígio, respeito, status social e econômico foram atributos que, por décadas, caracterizaram a profissão. Mas se particularidades como estas se distanciaram do perfil do professor contemporâneo, é bem verdade que outras, como dedicação, criatividade e gosto pelo ato de ensinar ainda se mantêm em muitos profissionais, resistindo a adversidades da atual conjuntura.
Aos 92 anos, 30 deles dedicados ao Magistério, Regina Pivato Panizzi é prova – viva e muito disposta – de que todo o trabalho junto às turmas de alfabetização lhe fez muito bem e integra suas melhores lembranças. Natural de Gaurama, quando ainda era distrito de Erechim, Regina começou a docência por volta dos 20 anos, na rede pública municipal. Dificuldades com estrutura física e recursos materiais e humanos fizeram parte da trajetória profissional, onde, em lugares mais distantes do centro urbano, o professor era docente, diretor, secretário e cuidava da limpeza ao mesmo tempo. Também, em alguns casos, com falta de sala de aula, três turnos foram a solução para atender a todos os que precisavam de escola pública na região.
Notícia originalmente publicada em 15/10/2012