Transtornos psicológicos afetam docentes nas salas de aula

A reportagem fala de uma professora que, ao longo dos anos, adoeceu devido às más condições de trabalho da escola em que lecionava. Indisposição, cansaço, desinteresse e choros compulsivos são alguns dos sintomas que a professora apresentou. Após dois anos de tratamento, ela voltou a trabalhar na escola, mas agora atua no apoio à coordenação. O custo do tratamento foi assumido pela própria professora, visto que a auxílio-saúde que recebia do governo no valor de R$200 não cobria os gastos com remédios.

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Os sintomas tomaram conta da cabeça e do corpo lentamente, em um processo silencioso. Cansaço sem fim, irritação, choros compulsivos e desinteresse. As horas dentro de sala de aula passavam arrastadas, o amor pela profissão já não era o mesmo e acordar para ir trabalhar era cada vez mais difícil. Mesmo assim, a professora Geusilene Bonfim, 44 anos, custou a acreditar que estava doente. Aconselhada pela direção do Centro Educacional Caseb, onde trabalha até hoje, ela procurou um médico e foi diagnosticada com depressão. Geusilene ficou 11 meses afastada. Depois de mais de dois anos em tratamento, ela voltou à escola e trabalha atualmente no apoio à coordenação. Apesar da expressão quase sempre alegre, os olhos da professora ainda reservam uma certa tristeza. “Eu não tenho vontade de voltar a dar aula. Me sinto melhor agora, tem menos pressão”, considera.

Notícia originalmente publicada em 13/08/2012

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2012/08/05/interna_brasil,315219/transtornos-psicologicos-afetam-docentes-das-salas-de-aula.shtml